quinta-feira, 30 de abril de 2009

A um beija-flor

Preciso de um amor
Pois me falta inspiração
talvez todo esse torpor
seja a essência da minha solidão.


Nunca servi pra isso, e parece que continuo não servindo, mas o fato é que ultimamente não tenho tido muito assunto pra falar, nem no blog, nem com as pessoas, nem com nada. Sempre penso muito nas coisas quando estou sozinho, mas ultimamente tem sido diferente, essas coisas não têm fluido, ou quando fluem, logo me esqueço, pareço desmotivado.

Meus papos ultimamente têm sido tipo: e ai, novidades? como vai a vida? tudo bem? - e não passa muito disso.

Deprimente, eu sei, mas é como dizer, é só fase. Isso passa! (hahaha)

Agora, dispensando todo esse sentimento blues do post, apesar dessa falta de inspiração, de assunto, tenho me sentido feliz, me divertido e me alienado das coisas que me faltam (vide o outro post) hahaha xD

Confie em mim.

Cada hora que passa eu reparo que sou mais inocente, impressionante! Esse negócio de de acreditar nas pessoas está começando a me deixar irritado em certas horas. O pior é que eu faço isso instintivamente, depois eu penso só um pouquinho e reparo que estavam de palhaçada comigo. Mas é sempre assim, se eu não pensar antes, acredito e pronto.

Pelo menos isso geralmente acontece quando amigos tentam me botar pilha e tudo acaba com risadas. (claro, nos casos mais sérios, que não envolvem amigos eu geralmente penso antes, por isso não deve acontecer com tanta frequencia...)

Bem, o fato é que eu tenho que trabalhar isso, tentar desconfiar até dos meus amigos (desconfiar no bom sentido) ou eu tento continuar assim, na base da inocencia, e tomando bastante cuidado com os estranhos (como a minha mãe falava)?

Eu realmente acho que as pessoas deviam confiar mais nas outras, pena que elas não se deixam confiar.

Cultura antiga, eu sei, dificil de se mudar, mas não custa nada sonhar. Enquanto isso vou tentando me adequar à desconfiança alheia, desconfiando e deixando ser desconfiado. (por mais que me irrite essa desconfiança toda).

segunda-feira, 27 de abril de 2009

friend ship

A amizade preenche qualquer tipo de vazio que uma pessoa possa ter. Então nada melhor pra falar quando não se tem muito assunto ultimamente.

Uma vez, numa sala do primário de uma escola, eu li algo mais ou menos assim:

Para se manter uma amizade só é preciso de três coisas:
Exaltá-la quando ausente;
Curti-la quando presente;
Ajudá-la quando carente.

Achei a frase simples e concreta. Se for parar pra pensar, a gente não precisa mesmo de muito mais que isso para manter uma amizade.
Mas o problema é reconhecer a amizade, pois é muito fácil se confundir.

Será que dá pra falar que você foi amigo de uma pessoa? A amizade pode mesmo ser posta como uma coisa que veio e foi, uma coisa passageira?

Sinceramente acho que não, mas há quem pense assim, do mesmo jeito que costumam confundir amor com paixão.

Bem, por isso que eu acho que é bem complicado reconhecer uma amizade, porque ela tem que ser reciproca, e isso não é fácil de conseguir...


Dizem que se você tiver mais 1 amigo na vida, você pode se considerar um das pessoas mais felizes. Me considero muito feliz, muito mesmo.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Queria ter dito isso

"É muito fácil ser rubro-negro... fácil de mais...! É como ser a favor do sol no meio do deserto, ou comemorar o Dia da Árvore no coração da Amazônia. Aliás, nunca existiu um flamenguista. Flamengar é verbo imperfeito que só se conjuga no plural. Por exemplo: Eu advogo, tu bates o ponto, ele mata mosquito; nós flamengamos, vós flamengais, eles flamengam...

Mas torcer pelo Fluminense, modéstia à parte, requer outros talentos. Precisa saber dançar sem batucada...O Tricolor chora e ri sem ninguém por perto...sua luz vem de dentro, é habituado com alegrias choradas e golzinhos no final, de pé, mão, barriga, bunda e nariz, sem esse papo de maioria ou de mais querido, afinal, o amor sincero, não se discute."

Francisco Buarque de Holanda


"´Você é químico?` Não, sou Fluminense, respondi de pronto ao ser abordado por um vizinho que me viu brincando com alguns líquidos de diversas cores. Eu tinha apenas três anos de idade, mas com uma convicção clubística anterior ao meu nascimento, e, quem sabe, anterior ao útero materno".

"No dia da inauguração do paraíso, houve um FLA-FLU de portões abertos, e escorria gente pelas paredes"

"Nas situações de rotina, um `pó-de-arroz´ pode ficar em casa abanando-se com a Revista do Rádio. Mas quando o Fluminense precisa de número, acontece o suave milagre: os tricolores vivos, doentes e mortos aparecem. Os vivos saem de suas casas, os doentes de suas camas e os mortos de suas tumbas."

"Eu vos digo que o melhor time é o Fluminense. E podem me dizer que os fatos provam o contrário, que eu vos respondo: pior para os fatos"

Nelson Rodrigues


Era sobre isso que eu queria falar hoje, só que nunca ia conseguir me expressar que nem esses caras. Talvez um dia, mas por enquanto eu vou torcendo quieto.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Máscara negra

No mais das vezes a gente costuma olhar pra uma pessoa e começar a pensar em como ela é desde então. Isso geralmente funciona pra conceitos mais superficiais, mas é raro você saber quem é a pessoa só a olhando de longe.

Estereotipação já faz parte da cultura do povo. Por isso que, depois de um jogo de futebol, você já espera que os jogadores entrevistados falem um monte de merda. Por isso também que você esperava antes que o Lula falasse alguma coisa coerente...

Diga-me com quem andas que te direi quem és. Também não tá certo, mas só a curto prazo, pois as influências corrompem as pessoas. Isso é certo.

O que eu quero passar é que às vezes é inevitável olhar pra uma pessoa e pensar em como ela deve ser, seja pela expressão, por como se veste, pelas suas tatuagens, ou até por culpa de quem ela está conversando.

Mas o fato é que fazendo isso, podemos deixar de conhecer muita gente legal, ou até conhecer gente ruim por engano.

terça-feira, 14 de abril de 2009

just like heaven

Fora as coisas que chamam atenção em todo mundo, tem um quê especial que sempre me chamou muita atenção. Eu nem sei como definir, é algo como um ar de liberdade, desgarramento a tudo, que passa douçura no olhar, deixando um clima leve e relaxante.

É bem dificil explicar, ainda mais que tudo parece muito efêmero, e quando sinto isso, costumo parar de prestar atenção nas coisas ao meu redor e em quaisquer detalhes.

Como se eu tivesse sido hipinotizado, quando acaba, parece que eu não reparei em nada, mas me sinto bem.

Às vezes parece até que eu bebi, não consigo nem raciocinar direito. Pessoas assim me encantam.

domingo, 12 de abril de 2009

Simples e devastador.

Crítica:

"Surgiram várias críticas a respeito da Torre Eiffel durante sua construção. Guy de Maupassant a ridicularizou, chamando-a de "pirâmide alta e magrela, feita de escadas de ferro" e o escritor Leon Bloy a rotulou de "verdadeiro e trágico poste de luz"."


Resposta:

"Eu lhes direi o meu pensamento e todas as minhas esperanças. Creio que a Torre terá sua própria beleza. Só porque somos engenheiros, vocês acham então que a beleza não faz parte de nossas preocupações nas construções? Que ao mesmo tempo que fazemos o sólido e durável, não nos esforçamos para fazer o elegante? Será que as verdadeiras condições da força não estão sempre conforme às condições secretas da harmonia? O primeiro princípio estético da arquitetura é que as linhas essenciais de um monumento sejam determinadas pela perfeita apropriação de seu destino. Ora, qual a condição tenho, antes de mais nada, que levar em conta para a Torre? Da resistência ao vento! Então! Pretendo que as curvas das quatro arestas do monumento, tais quais o cálculo fornecido, que, partindo de um enorme e inusitado empastamento na base, irão se enfileirar até o cimo, darão uma grande impressão da força e da beleza; elas traduzirão aos olhos da ousadia da concepção dentro de seu conjunto, igualmente aos inúmeros vazios planejados dentro dos próprios elementos da construção; mostrarão a constante preocupação de não expor inutilmente às violências de furacões, às superfícies perigosas para a estabilidade do edifício. Existe de resto, dentro do colosso, uma atração, um charme próprio, aos quais as teorias de arte ordinárias não são jamais aplicadas. Sustentaremos que é pelo seu valor artístico que as Pirâmides impressionaram tanto com imaginação dos homens? Que outra coisa, no fim das contas, que outeiros artificiais? Portanto, qual é o visitante que permanece frio diante de sua presença? Quem não volta repleto de uma irresistível admiração? Qual é a fonte desta admiração, senão a imensidade do esforço e da grandeza do resultado?
A Torre será o mais alto edifício jamais construído pelos homens — não será ela então grandiosa também a sua maneira? Por que o admirável no Egito seria hediondo e ridículo em Paris? Admito: não consigo entender."

Alexandre Gustave Eiffel



Acho que não preciso falar mais nada a respeito.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Biscoito Globo sorridente

Tem dias que eu nem vejo passar. Tem gente que chama de tédio, mas não gosto tanto de pensar desse jeito.

Só acho que falta alguma coisa. Não sempre. Uma vez disseram que a gente só pode ser feliz quando se alienar totalmente das coisas que nos faltam. Acho que é isso. Às vezes percebo a falta de mais coisas, às vezes eu não to nem ligando.

Agora basta pensar se devo continuar tentando me alienar das coisas que me faltam, pra tentar desde já ter momentos de felicidade, ou se devo correr atrás das coisas que me faltam pra, talvez, um dia conseguir ser feliz de verdade.

Pra mim a resposta parece até óbvia, até porque consigo correr atrás das coisas que me faltam, ter momentos felizes de alienação, e voltar a caminhar com a alma parecendo um queijo suiço.

Não é tão dificil assim, basta um pouco de auto-controle.

Gostas de nostalgia

Cada vez que chove, cada vez que o tempo esfria um pouco, meus olhos brilham. Posso não estar bem na hora, mas eles começam a brilhar.

Sempre gostei de nadar. Desde pequeno tenho contato com água. Quando era pequeno, meu cabelo era verde, de tanta exposição ao cloro da piscina.

Em São paulo, além de piscina, eu tinha uma represa inteira a minha disposição, pra nadar a hora que eu queria. Não dava outra, era batata, fazia chuva, fazia sol, estava eu lá, nadando de um lado pro outro.

Eu lembro que gostava de nadar na chuva porque a água parecia mais quente nessas horas.

Época boa, eu era mais feliz.

Sem preocupações, eu passava o dia correndo pela casa, nadando e chutando uma bola velha na parede.

Tudo isso ficou para trás. Ah, meus oito anos.

só quem me conhece consegue perceber o que eu quero dizer.

terça-feira, 7 de abril de 2009

teleMarketing negativo

- Oi! Eu sou a sua atendente virtual.


essa é a frase do dia, falei com pelo menos 15 atendentes: juliana, roberta, verlaine, cleber, gustavo, cintia e mais outros.

Um verdadeiro teste de paciência.

Enfim, não sei se é só comigo, mas nada foi resolvido após mais de 40 minutos de ligação.

- A sua resposta chega em até 5 dias úteis, senhor, deseja mais alguma coisa?
- Ah, se for possível, queria voltar a falar no meu celular.
-Só aguardando essa resposta, senhor. A Oi agradece a sua ligação, boa tarde.

Olhos de raio laser

Nunca gostei de chamar atenção. Saber que estou sendo olhado me causa muito incômodo.

Fora a timidez na hora de conhecer as pessoas, nunca tive problemas com comunicação, pelo contrário, depois que conheço, sou bem extrovertido. Acho que o problema é chamar atenção mesmo.

Já sabia, mas não lembrava como é tão dificil pra mim falar em público. Nunca servi pra isso. Posso saber o que falar, como falar, e os mínimos detalhes do assunto, mas parece que quando eu tô lá na frente com o propósito de falar, todas as informações que eu vou precisar vêm juntas. Como não dá pra falar tudo de vez, me embolo todo! Fato.

Ai começa o caos: Mãos geladas, gagueira, calor insuportável. A impressão de olhares hostis dá a ultima facada. Finalizado! Eu tiro os pés da frente de todo mundo e pronto. Volto completamente ao normal, fico até feliz (a não ser pelo caminho que se deu a apresentação).

A apresentação acaba, eu volto pro meu lugar, arrumo as minhas coisas e falo: Boa noite gente, boa noite professora, e sigo o meu caminho como se nada tivesse acontecido. \o

sexta-feira, 3 de abril de 2009

cadê a minha Jenny?

Quem nunca assistiu às aventuras do maior contador de histórias de toda a história?

O mundo do Forrest Gump me marcou desde criança, com todas aquelas aventuras na guerra, quando ele correu por anos, jogou tênis de mesa, ou futebol americano...

A típica história de pescador, mesmo que de camarões, né...

Mas a história não pára por ai. Esse fantástico mundo de Forrest do cinema não passa de uma breve resenha sobre a vida conturbada do pobre Gump.

E que macacos me mordam se ele não viveu intensamente a vida. Mesmo sendo apenas um idiota.

A um das histórias mais bonitas que eu já li, dedico esse post falando apenas: Preciso mijar.

Preso no tempo

Ando meio atarefado ultimamente, sempre fazendo alguma coisa, mesmo que fazendo nada. O tempo parece passar cada vez mais rápido, às vezes acho que o ponteiro do meu relógio dá saltos maiores, ou que tem números demais.

Quando vejo, ainda não fiz nada.

Essa relação de tempo reflete a distância entre momentos universais. Será que o meu tempo passa na mesma velocidade que o tempo do relógio?

O relógio não nos deixa mentir, passa igual, mas até que ponto esse "marca-passo" deve ser levado em conta? Quantas variáveis entram nesse cálculo?

Pra mim o tempo devia ser dividido, cada um com o seu, cronológico e de criação, pois o tempo de criação de uma pessoa varia, não caminha controlado por uma constante. (Às vezes sou a pessoa mais criativa do mundo, desenvolvo o que estou fazendo muito bem, às vezes demoro, não faço, bloqueio esse tipo de atividade, até que um bom fluxo desse tempo volte a correr)

Como esses surtos, por exemplo. Essas viagens que eu escrevo de vez enquando aqui. Quando criei esse blog, estava cheio de idéias, escrevi algumas, mas como dizem, idéias fora do papel não são idéias. Perdi todas as outras e junto com elas o surto todo foi embora.

Passei um tempo sem escrever, e agora venho com essa, justamente tentando falar o porquê de ter ficado esse "tempo" sem postar.

Um paradígma só existe para ser questionado. O que já foi questionado e obteve algum tipo de resposta deixou de ser paradígma.

Taí, tempo é uma coisa que me intriga. (haha)

Lá e cá.

Meus dias de viajens semanais entre casa e lar acabaram.
A cidade maravilhosa nunca me pareceu tão bela quando vista de longe. Agora não tem mais trânsito, calor, pressa, gente estranha te olhando.
Hostilidades a parte, passei bons tempos, reconheci possíveis amizades, vivi bem.
Algumas horas sinto saudade de estar morando no Rio, da Hidros, de ter amigos sempre perto, e tudo mais, mas ai eu olho pra fora da janela, aqui também faz sol, a praia é perto, tenho amigos a cada esquina, e velejo a hora que quero.
Isso me conforta. Pode não ser a o xodó do povo, nem ter a princesinha do mar, ou bondinhos, mas me faz bem.

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