segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Simples amor

Dizem que é puro
Que dura pra sempre
Que ilumina o escuro
Da alma carente
Um sonho no coma
Confunde quem sente
E tudo se mistura no inconsciente

Faz-me sorrir por todo o caminho
Querer fazer juras só pra te encantar
Parece uma rosa, tem muito espinho
Por isso, entre risos, me ponho a chorar

Sentimento simples
Oscila com o vento
Levando mentiras
Ao esquecimento

sábado, 26 de setembro de 2009

Vida vadia

Vida vadia cigana
Maltrata e faz sofrer
Quem a ama

Vida mundana
De rua, balaco
E sem cama

Descontrolada
À deriva começa
Se perde, e termina

Vida que ama e que cai
Que puxa e me leva

Vida vã, de egoísmo
Intensa à tal maneira
Cercada de abismo

Vida pura de amor e sorriso
Assas intensa, oscila
Fazendo o mundo parecer mentira

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

À mercê do vento

Quero voar
Subir
Sem rumo
À mercê do vento
Passar por mares
Os mais revoltos
cruzar calmarias

Quero sair
Sumir sem destino
À mercê do vento
Solitário
Emoção revolta
Calmarias

Quero sair só
E talvez

Voltar.

domingo, 6 de setembro de 2009

Porta errada

As folhas sem mexer nas copas das árvores
Os pássaros sem cantar, voando sem rumo
Sem sombra nem sol, sem areia nos pés
Música sem risada, conversa sem melodia

Monotonia desnaturada
Assolando a porta errada
Que à beira de um ataque
Fez-se ranger agonizando

Foi nesse dia descabido
Que a última gota havia caído
Só se ouviu a voz traçante
Vinda de toda fúria acumulada
Seguida d'outra desventura errante

Sem mais gritos pavorosos
Sem mais emoções, sem vibrar

Tédio nem outro dia estático.



sábado, 5 de setembro de 2009

O que acontece em vago, morre em Vegas

Sozinho sou errante
Sabes, e insiste em me deixar
Sozinho sou só carne
Fraco e temperado
Insistes em me largar

Nunca estás, quando preciso, somes
Sempre apareces, depois de dias, com fome
Ausência assim, tamanha assim
Que chego a estranhar

Cade o amor, para nos cadenciar?
Reciprocidades à parte, continuo aqui
Sem mais nem menos, esperando
Enquanto aguardo teu regresso
Em outras carnes desestresso
Meu tempero, a paixão.

Só o sol lá

Mais um dia que se passa
Dia de sol, que no corpo, traça
Mesmo nublado, sem me mexer
Te sinto queimar, me sinto arder

Um dia de marasmo
Desses que passa sem gritar
Nem mesmo um espasmo
Ou alguém pra amar

Sem nem uma sombra
Ou um oásis, quieto me limito
A vagar parado, junto ao infinito

Se chego a você, mesmo pensando
Me vejo sem rumo, porém com dano
E sem te alcançar, continuo queimando


sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Ne voit que la mer

Os dias de sol têm me animado
Toda aquela água
Por todos os lados
Os sorrisos, brincadeiras, risadas

Os dias de sol têm me animado
Todos aqueles barcos
Por todos os lados
Os sorrisos, brincadeiras, risadas

Todas aquelas ondas
Todo o vento e as bóias
As risadas, brincadeiras

Mas tem coisas
Algumas coisas
Que só o mar vê

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