quarta-feira, 18 de março de 2009

Renatus Cartesius

Enquanto novos conceitos da física quântica discutem se um gato preso numa caixa hermeticamente fechada está vivo ou morto, ainda empregamos a filosofia de centenas de anos atrás no nosso cotidiano, sem ao menos questioná-las.

"O homem que pensa, não executa, e o que executa, não deve pensar" - Disse taylor no final do século XIV, baseado no conceito cartesiano de visão, que tem como essência separar as partes do todo e analisá-las separadamente.

Relevando o fato de que quando Descartes bolou essa filosofia, o mundo se encontrava num contexto muito diferente do atual, pode se dizer que seus pensamentos resolveram o problema de muita gente naquela época.

O grande problema nisso é que, a partir de um certo tempo, esse "paradígma" criado pelo René vem perdendo força, pois o contexto atual está muito diferente do que já foi, e precisamos de um toque holístico para resolver problemas.


Sem a visão do todo, podemos não achar problemas óbvios, mas o conceito de separar o todo em partes articuladas, como um relógio, nos traz uma visão especificamente técnica das partes, possibilitando uma procura minuciosa em quaisquer defeitos que esse todo venha apresentar.

O que quero dizer é que as nossas mentes não têm evoluido tanto quando deveriam. Apesar dos avanços tecnológicos, nossos conceitos se prendem a paradígmas antigos, às vezes até sem nexo no contexto atual.

Talvez por isso a fé tenha tanto valor. As mentes de hoje foram moldadas através dos anos. As pessoas aderem aos paradígmas que encontram sem nem ao menos pensar no porquê deles.

O ceticismo metodológico, também de Descartes, tem o mesmo conceito da visão cartesiana. Segundo René, tudo aquilo que não é evidente, e tudo aquilo que já nos ludibriou no passado, não pode ser considerado como um conhecimento verdadeiro, isto é, devemos evitar cuidadosamente toda e qualquer precipitação ou preconceito.

A fé é importante na vida das pessoas, mas o bom senso é a chave para a perfeição.

Pessoas acreditam em religiões de todos os tipos, mas todas trazem alguma filosofia

2 comentários:

Anônimo disse...

Schrodinger's cat \o/

Eu digo que o gato está desmaiado.
ok, brinks.

Anônimo disse...

(agora faço um comentário sem brinks)

Com certeza.
Grande parte da população se prende a conceitos antigos, tradições... Sei lá, em muitos casos, considero isso uma forma de não ter pensamento próprio, já que tudo está determinado.
Só evolui quem tem mente aberta e pensa por si.
Conhecimento pré-estabelecido é importante para termos um alicerce, nem sempre é vantajoso começar do zero. Entretando, a evolução só acontece quando algo é criado, ou seja, é necessário pensar diferente.

A fé tem sua importância. Desde que utilizada com parcimônia. Com bom senso, ela nos dá esperança. Sem moderação, ela nos cega.
E para evoluir, precisamos de perseverança, e não de uma venda nos olhos.

Seguidores