quinta-feira, 4 de junho de 2009

Clichê, demode, tanto faz.

Ele sempre fora chato, apesar de realmente ser o dono da verdade, na maioria dos casos, quando agia, era subjugado por alguém, às vezes mais chato que ele próprio.

Sempre apresentou-se frio, seco, geralmente de poucas palavras. Como o bom francês que é, nunca foi de muitos amigos, sempre muito fechado, muitas vezes até arrogante quando tratava da ignorância dos outros.

De uns tempos pra cá ele virou muito amigo de uma figura tristonha, já meio borrada pelas marcas do tempo, um pouco apagado e até mal visto, pelo fato de sempre andar desalinhado, meio brega, com cores foscas e listrado combinando com xadrez.

Foi onde se encontraram, quando num bar, sorvendo os seus licores de anís, bebida apropriada para se relaxar em uma dia frio de outrono, se repararam e logo viram que tinham muito em comum; os traços antiquados, a aparência conservadora, seus bigodes finos e os olhares extremamente confiantes, que apesar de quase sumirem por baixo de suas cartolas, ainda assim esbanjavam o ar de superioridade de poucos.

Com isso, logo se tornaram tão juntos, que hoje em dia, quando passam separados, tem gente que até os confunde. Só que hoje não mais com os bons olhos de antes.

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